Meu
barracão localiza-se em São Paulo, zona sul.
Filha de
negra, minha avó materna era vidente, meu avô paterna português, casado com
minha avó que carregava no sangue o culto das folhas, pois era uma índia e com
toda essa mistura de raça e saberes iniciei na religião.
Aos nove
anos tive a minha primeira incorporação dentro de um terreiro de Umbanda, onde
os mais velhos da casa relataram ser Santa Barbara, que no sincretismo com o
culto africano seria Iansã. Na minha jornada entre a Umbanda e o Candomblé
(Jegê), somam-se quarenta e cinco anos de convivência com o santo e vinte e
dois anos de Yalorisha.
A
diversidade dentro das religiões afro-brasileira é necessária e se faz
presente, pois quando se tem na casa um filho que seu santo é de outra nação
precisamos do conhecimento do mesmo para cuidar desse filho, mexer em seu ori, com responsabilidade para
que não haja erros. Ter a humildade de
chegar a um mais velho e compartilharmos do conhecimento faz de um Babalorisha
ou Yalorisha ser nobre. No candomblé há
muitos fundamentos e todos importantes, devemos parar com a divergência de
opiniões e nos unirmos mais.
Há espaço
para todas as nações, se estão divididas em grupos seja por motivos
territoriais, e político, fazemos parte
dessa história somos filhos da África, mas, não nos esquecemos que os Orishas a
essência é a mesma.
Kolofé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário