sábado, 31 de dezembro de 2011

Diálogo pela diversidade:Pai Luizinho (Rio de Janeiro - Brasil)

Dando continuidade ao projeto do Blog e os respectivos preparativos para o terceiro congresso a ser realizado em 2012 nas dependências da FTU, publicamos vídeo com a fala dos sacerdotes e sacerdotisas das Religiões Afro-americanas que participaram da segunda edição no ano de 2011.

 Pai Luizinho (Rio de Janeiro/ Brasil)


 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

014 - Contribuição do Pai Alexandre (SP) para o Fórum Internacional Permanente

013 - Contribuição do Pai Marcos Strey (RS) para o Fórum Internacional Permanente



Existem enumeras formas de expressarmos o que pensamos, sentimos ou vivenciamos. Para podermos usufruir dessas enumeras formas de expressão carecemos de liberdade. Sem liberdade não podemos ver, sentir ou se quer ouvir a diversidade. Imagine se das 26 letras que temos em nosso alfabeto, somente pudéssemos utilizar as vogais. Diversidade é a liberdade para usar todas as letras do alfabeto e combinar seus sons a fim de criar a melhor palavra para traduzir aquilo que queremos dizer. Deixo aqui meu respeito incondicional aos escribas das tradições escritas.
A escrita é uma das formas mais utilizadas para registro dos pensamentos, entretanto, a palavra simplesmente grafada carece de expressão. Podemos ler o vocábulo alegria em tom melancólico ou vibrar em tom alegre a palavra tristeza. Aquilo que para mim recebe o nome de “DEUS” é DIEU para o francês, DIO para o italiano, GOD para o inglês, GOTT para o alemão e DIOS para o espanhol. Apesar desta distinção na escrita, todos nós estamos tratando do mesmo assunto e nos reportando a esse ente com o mesmo sentimento de devoção e respeito.
Nas religiões afro-brasileiras, Olorum, Zambi e Tupã são palavras que definem o supremo SER. Contudo, essas palavras somente ganham expressão quando vivenciadas em um rito, gira ou roda. Quem vivencia na prática esses vocábulos sagrados sente em seu ser a diversidade que tanto enriquece nosso EU, que cria e renova o saber.
Quando entrei pela primeira vez no Centro de Cultura Viva das Tradições Afro brasileiras, criado por Mestre Arhapiagha (Pai Rivas), percebi o verdadeiro sentido da palavra diversidade. Observando ali a pluralidade dos assentamentos firmados, cada um representando sua tradição. Encantaria, jurema, candomblé e o batuque, quantos sentimentos e pensamentos bons despertados, ao ouvir da boca de Mestre Arhapiagha saberes ali assentados.
O pensamento que deixo aqui grafado reflete uma parte do meu EU que será somado a outros “EUs”. E quem sabe a liberdade que permite esta diversidade d’eus consiga nos deixar mais próximos de Deus.

Peço a sua Bênção meu Mestre! Axé Baba Mi!

Yarataman (Pai Marcos Strey)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
Dirigente Da Choupana do Caboclo Sr. Ogum Sete Ondas
AUCD – Porto Alegre - RS

012 - Contribuição do Pai Bruno Barbosa (SP) para o Fórum Internacional Permanente



Aranauam, Saravá, Motumbá, Axé,

Falar sobre diversidade no campo das religiões afro americanas é gratificante pois, a partir do momento que encaramos com naturalidade esse processo de diversidade, estamos caminhando para uma convivência pacífica entre todos os setores intrarreligiosos.

Vivemos num mundo que carece de paz. É triste constatarmos a violência entre setores interreligiosos causadora até de morte motivada por um fundamentalismo sem sentido e alimentada pela sede de poder.

Se isso é inconcebível no plano interreligioso pior ainda constatar a discórdia no setor intrarreligioso.

Durante todos esses anos participando de congressos e debates referentes às religiões afro-brasileiras ouço como em uníssono que precisamos de união. Concordo e tenho convicção que para conseguirmos essa tão desejada união temos que começar respeitando o processo de diversidade.

A partir do momento em que reconhecermos que existem várias formas para se cultuar o Sagrado, todas elas merecedoras de amplo e total respeito, iniciaremos um processo de convivência pacífica que certamente nos remeterá  a paz mundial.

Se o mundo espiritual se manifesta no plano terreno das mais variadas formas utilizando-se das mais variadas vestimentas, quem somos nós para discordarmos desse processo?

Tanto a diversidade como também o processo sincrético são maneiras de aproximar pessoas, respeitando-as em sua fé.

A FTU desde há muito vem se mostrando como um espaço aberto para todos os segmentos interdisciplinares, inter e intrarreligiosos acolhendo com respeito e amizade todos os irmãos das religiões afro-brasileiras, demonstrando que tem interesse no diálogo edificante em prol da união sem qualquer tipo de preconceito, discriminação ou elitismo.

E devemos ao Mestre Arapiagha que assim idealizou e nunca mediu esforços para que isso se concretizasse como vem se concretizando

Axé Babá mi

Yamandhara - Discípulo de Mestre Arapiagha

Congressos anteriores - Histórico

Vídeos do II Congresso Internacional de Sacerdotisas e Sacerdotes das Religiões Afro-brasileiras/Americanas

Diálogo pela diversidade: Sacerdotisa Yamaracyê (São Paulo - Brasil) - Discurso de Abertura do II Congresso

Disponível em: http://religiaoediversidade.blogspot.com/2011/12/dialogo-pela-diversidade-sacerdotisa.html

Seguem os demais vídeos (clique no texto para assistir):

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

011 - Contribuição do Pai Otávio (GO) para o Fórum Internacional Permanente

010 - Contribuição do Pai José Roberto (SP) para o Fórum Internacional Permanente

009 - Contribuição do Pai Antônio Carlos (RJ) para o Fórum Internacional Permanente


Saravá a todos os Irmãos, em Oxalá !

Falar de diversidade é falar da vida, das diversas cores, dos diversos perfumes, dos variados sabores, das diversas texturas, dos mais sagrados sons. Como poderia eu, achar que só o que é percebido com  meus sentidos existe e/ou é melhor do que as percepções e ações dos outros?

Assim são as religiões Afro-Ameríndias-Americanas e porque não dizer, planetárias.

O que em princípio seria um empecilho para nossa Melhoria Espiritual (a tradição oral), é na verdade, o que permite nossa liberdade, nos deixando livres das amarras de  uma visão estabelecida em uma determinada época.  Assim, cada Terreiro, Choupana ou Abassá realiza seu trabalho de acordo com o grau de afinidades físicas e Espirituais de seu Dirigente e de sua Ancestralidade, de seu Corpo Mediúnico e da comunidade a ser assistida. Assim, o Astral procura adaptar o conhecimento  para nos aproximar do amor e da sabedoria.

Poderíamos fazer uma analogia das tradições Orais com uma orquestra sinfônica, onde a peça a ser executa é muito complexa e por conta disso, precisa de dezenas de instrumentos, cada qual  realizando sua própria tarefa, seja tilintando os metais, vibrando as cordas ou com um suave sopro de uma flauta doce.

Que graça teria essa peça sinfônica, se todos os instrumentos percutissem  o mesmo ritmo e som, quando sabemos que a beleza está justamente na combinação dos diversos aspectos sonoros.

É como se cada Instrumento dessa Orquestra  fosse  um de nossos Terreiros, como chamas de luz que se espalha  para atender a diversidade genética, artística, científica, filosófica  e religiosa desse povo Caboclo em constante formação, transformação e evolução.

Agradeço humildemente a meu Pai Espiritual, Pai Rivas , por ter mostrado como  derrubar  meus preconceitos (é claro que ainda possuo muitos deles), para que   pudesse enxergar essa maravilhosa diversidade!
Um Saravá Fraterno,

Yamaratanan (Pai Antonio Carlos)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
Dirigente da Choupana do Caboclo Sr. 7 Montanhas
OICD Sub -sede Rio de Janeiro -RJ

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

008 - Contribuição do Pai Sérgio Sardinha (MG) para o Fórum Internacional Permanente

Saudações a todos irmãos de fé
Reconhecer e vivenciar a diversidade é uma forma sábia de perceber todas as possibilidades deste mundo plural. Quando nos engessamos dentro de uma única perspectiva de mundo, agimos contra a vida e contra a natureza, que possuem generosas e múltiplas formas de se expressarem. Infelizmente algumas criaturas humanas resistentes ao óbvio, entendem a pluralidade de expressões unicamente como foco de conflitos e oposições. Engano... onde vêem conflito, vejo oportunidades de aprendizado e onde enxergam oposição, vejo complementariedade.
   
Até bem pouco tempo atrás, nós que somos adeptos das Tradições Afro-Brasileiras, nos víamos como sub-planos de outras tradições, usávamos referencias de outros movimentos filo-religiosos para avaliar nossas ritualísticas, nos sentíamos em muitos casos inferiorizados por não termos um poder centralizador e um livro codificador. Graças a Pai Rivas e seu exemplo de vida e toda sua obra, estamos conseguindo resgatar nossa identidade e nos vermos como uma tradição forte, milenar e tão respeitável quanto qualquer outra. Que nossa força está justamente na nossa pluralidade, na nossa capacidade de acolher a todos os filhos como eles estão e onde eles estão, sem opressões e formatações que atendem a poucos escolhidos em detrimento da maioria que sofre. Pai Rivas com toda sua vivência de anos nas diversas expressões de nossa Tradição, criou pontos de contato onde as diversas Escolas pudessem se encontrar e vivenciar de forma saudável a unidade de princípios que existe nessa diversidade de formas. A diversidade amplia nossa percepção de mundo e a unidade nos faz ver o "outro" dentro de seu ponto de vista para colhermos os frutos dessa saudável e rica experiência.
É indescritível a felicidade que tenho e também vejo nos irmãos de diferentes Escolas quando nos encontramos para cultuarmos o Sagrado de forma conjunta. Como temos uma Tradição viva, pulsante, generosa, aberta para o infinito!... 
Mais uma vez ratifico a importância de Pai Rivas no resgate da nossa honra e alegria de pertencer as tradições Afro-Brasileiras. 
Yorotaman
Templo da Estrela Alaranjada - Caboclo Tira Teima
Belo Horizonte / Minas Gerais
Discípulo de Pai Rivas - Mestre Arhapiagha

007 - Contribuição do Pai Pedro Nogueira (RJ) para o Fórum Internacional Permanente




Aranauan, Axé, Maná, Motumbá, Mucuiú, Kolofé, Saravá a todos!

Desde que o diálogo religioso começou a ser fomentado no seio Umbandista com a criação da FTU- Faculdade de Teologia Umbandista, muitos aspectos ligados às Religiões Afro-Brasileiras ou Afro-Americanas começaram a ser discutidos com profundidade. Logo, algumas questões saltavam aos olhos, mas a diversidade religiosa ganhou certa relevância nas discussões.
Ao falarmos de diversidade religiosa, trazemos à mente a pluralidade de formas de manifestação do Sagrado e, aqui, nos concentraremos nas Religiões Afro-Brasileiras/Americanas. Para entendermos melhor, façamos a comparação entre o “Candomblé de Caboclo” (referências mais próximas da etnia negra) e a “Umbanda Branca” (referências mais próximas da etnia branca). Por dentro dessas Escolas, tomemos o exemplo dos “Caboclos”. Eles “giram”, indistintamente, numa e noutra Escola, respeitando as características próprias de cada uma sem, no entanto, deixarem de ser “Caboclos”.
Se os “Caboclos”, nossos Mentores Espirituais, respeitam essas diferenças que existem entre essas Escolas, nós também não deveríamos nos esforçar para seguir este exemplo? De respeito incondicional às diferenças?

Meus respeitos a todos os nossos Irmãos Planetários!
Peço a Bênção a meu Mestre! Axé Baba Mi!

Tashirenanda (Pai Pedro Nogueira)
Discípulo de Mestre Yamunisiddha Arhapiagha (Pai Rivas)

Dirigente do Templo do Caboclo Ogun Sete Escudos
OICD Petrópolis-RJ

006 - Contribuição da Mãe Rosangela de Aguiar (PR) para o Fórum Internacional Permanente



Aranauan, Saravá, Axé a todos!

Colocando em prática os ensinamentos e as altas lições de meu Pai Espiritual, Pai Rivas, a respeito da diversidade, consegui sair um pouco da zona de conforto de pensar, sentir e vivenciar as Religiões Afro-brasileiras/americanas sempre da mesma forma. Viajei mais de três mil quilômetros em busca dessa tal diversidade. Fui a Belém do Pará.

Lá conheci o Tambor de Mina, tão diferente daquilo que fazia e faço no Sul Brasileiro, mas estranhamente comum. Realmente, as semelhanças eram maiores! Era o mesmo Povo do Santo, com a mesma Felicidade e Alegria que reinam absolutas em nossos Ritos! Era a mesma Espiritualidade, o mesmo Astral! Só que diferente.

Na foto, a Mesa de Santo está recheada de incontáveis imagens, efígies, estatuetas (lá, chamam-nas de vultos). Santos católicos, índios e negros, já tão conhecidos pelo sincretismo afro-ameríndio-europeu, estão lado-a-lado com figuras regionais importantíssimas do Tambor de Mina: Cabocla Mariana, Cabocla Jaryna, Cabocla Myraci, Família de Légua e tantos outros... Aquela Mesa é a própria Diversidade!

Do Sul ao Norte, as Religiões Afro-brasileiras são sempre elas mesmas, mas diferentes. Elas falam todas as linguagens e a todos os corações. Dentro delas, uma sacerdotisa do sul sente-se em casa, mesmo estando no tórrido calor paraense. Realmente, elas são “de todos nós”.
Salve Mestre Arhapiagha, que tudo me ensinou...

Aranauan, Saravá, Axé a todos!
Mãe Yanauara (Rosangela de Aguiar)
Discípula de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Diálogo pela diversidade: Sacerdotisa Yamaracyê (São Paulo - Brasil)

Dando continuidade ao projeto do Blog e os respectivos preparativos para o terceiro congresso a ser realizado em 2012 nas dependências da FTU, publicamos vídeo com a fala dos sacerdotes e sacerdotisas das Religiões Afro-americanas que participaram da segunda edição no ano de 2011.

Fala de abertura do congresso por Mãe Maria Elise Rivas (Sacerdotisa Yamaracyê)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

001 - Contribuição do Pai Olavo Solera (SP) para o Fórum Internacional Permanente



Como já é comum à minha pessoa, quando preciso escrever sobre um tema, busco na etimologia da palavra a tradução da mesma, e melhor, o caminho que devo trilhar.

A palavra DIVERSIDADE , do latim DIVERTERE, significa: "voltar-se em diferentes direções",   DIS = "para o lado" e VERTERE = "virar-se".

Desta forma meus amigos, ao sentar para escrever este texto sobre a diversidade nas religiões afro-brasileiras, deparei-me com duas vertentes que vivem em mim:  a do discípulo praticante, e a do acadêmico - teólogo.

Ao  olhar para estas diferentes situações, reconheci  em mim  a diversidade,  e se existe em mim, existe fora de mim. Sendo assim, o mesmo respeito que tenho para comigo passo a ter com os demais, sejam diferenças econômicas, sociais ou religiosas.

Acredito que isso é olhar para diferentes direções, sem pré-conceitos, sem discriminações, reconhecendo que as próprias religiões afro-brasileiras  mostram-se diversas em seus Cultos de Nação, as vertentes da Umbanda, o Catimbó, o Terecô, o Xambá, o Tambor de Mina, o Babassuê, o Batuque e muitos outros.
Minha vivência nas religiões afro-brasileiras inicia-se com Pai Rivas - Mestre Arhapiagha em 1979, e continua até hoje.

Iniciado por ele em 1983, caminho por esta estrada há 34 anos. Foi ele que me ensinou a reconhecer o diferente como algo bom, e se é bom tem que ser para todos.

Desta forma a diversidade nas religiões afro-brasileiras passaria a ser reconhecida pelas constantes ressignificações e mudanças,  tal qual a vida.

O respeito incondicional levará a todos à substituir o EU pelo NÓS, e quando chegar este dia  Orixá, Ancestral , Natureza e Homem, serão uma só unidade...

Mestre Ygbere
Discípulo de Pai Rivas - Mestre Arhapiagha

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Diálogo pela diversidade:Pai Medeiros (São Paulo - Brasil)

Dando continuidade ao projeto do Blog e os respectivos preparativos para o terceiro congresso a ser realizado em 2012 nas dependências da FTU, publicamos vídeo com a fala dos sacerdotes e sacerdotisas das Religiões Afro-americanas que participaram da segunda edição no ano de 2011.

Pai Medeiros (São Paulo/ Brasil)



terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Introdução para o Fórum Internacional Permanente

Fórum Internacional Permanente sobre Diversidade nas Religiões Afro-brasileiras/Afro-americanas


Este fórum inaugurado pelo Blog visa consolidar um espaço privilegiado para discussão sobre diversidade.

Como o próprio tema enseja, aqui todos poderão se manifestar sobre este assunto que servirá, inclusive, como base para a construção do diálogo do III Congresso Internacional de Sacerdotisas e Sacerdotes das Religiões Afro-americanas onde as falas passarão por pareceristas que organizarão as mesas nacionais e internacionais do evento.

Sendo assim, convidamos a todos os pais e mães espirituais de todas as Tradições que formam a nossa religião para participarem enviando sua contribuição por meio de vídeo, texto ou fotos com sua opinião crítica sobre a diversidade nas Religiões Afro-brasileiras/Afro-americanas.

Como participar?


Envie um vídeo de 5 minutos via Youtube ou um texto com a sua foto de no máximo meia lauda (meia página em word) para o email: religiaoediversidade@ftu.edu.br

É importante que o assunto apresentado seja "diversidade", pois é objetivo deste fórum e tema do próximo Congresso na FTU.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Diálogo pela diversidade: Babalorixá Antônio Tenuta (Mato Grosso - Brasil)

Dando continuidade ao projeto do Blog e os respectivos preparativos para o terceiro congresso a ser realizado em 2012 nas dependências da FTU, publicamos vídeo com a fala dos sacerdotes e sacerdotisas das Religiões Afro-americanas que participaram da segunda edição no ano de 2011.

Babalorixá Antônio Tenuta (Mato Grosso/ Brasil)


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Compreendendo a proposta do Blog

O Congresso Internacional de Sacerdotisas e Sacerdotes das Religiões Afro-americanas é um evento organizado pela Faculdade de Teologia Umbandista em conjunto com vários pais e mães espirituais destas tradições religiosas de vários pontos do planeta, tais como Brasil, Uruguai, Paraguai e Portugal. Este congresso tem como objetivo central dialogar com a sociedade questões de relevância comunitária, levando em consideração a importante e rica diversidade existente nas várias Escolas que compõem este saber religioso.

Sendo assim, neste ano de 2011, foi realizada a segunda edição do Congresso, onde Sacerdotes e Sacerdotisas de todas as regiões do país somados aos representantes destas tradições da América do Sul e Europa discutiram o tema comum: “Visibilidade Sociocultural das Religiões Afro-brasileiras” respeitando os diferentes pontos de vista oriundos da tradição particular de cada terreiro e a localização geopolítica e social destas comunidades religiosas.

O ponto alto do evento foi a realização do rito de Exu onde as várias Escolas das Religiões Afro-brasileiras presentes ritualizaram a convivência pacífica. Mais do que isto, todos foram levados por Exu literalmente para a rua e no espaço público levaram esta mensagem de união para a sociedade como um todo, pois é neste local onde as desigualdades são anuladas pelas semelhanças respeitando as diferenças, .

Este evento marcou um avanço na consolidação do conhecimento plural sacerdotal e teológico com ênfase nas Religiões Afro-brasileiras, pois demonstra na prática que é possível convergir diversos saberes sem a imposição de uma ótica sobre as demais.

No ano de 2012 será realizada a terceira edição e desde já a FTU, com a construção deste blog, estimula a constituição de vários pólos de diálogo para os sacerdotes dirigentes se manifestarem sobre os mais diferentes temas que impactam a nossa comunidade religiosa e a sociedade civil como um todo.

Estes diálogos serão realizados via internet pelo Blog e culminará no próximo rito de Exu e Congresso Sacerdotal a ser realizado no dia 27/10/2012 dentro das dependências da própria Faculdade de Teologia Umbandista.

Convidamos todas as sacerdotisas e sacerdotes e seus filhos de santo para se unirem as mais de 80 lideranças do Brasil e do mundo visando incrementar e construir coletivamente uma proposta pacífica de convivência calcada na real aceitação e vivência da diversidade.