quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

009 - Contribuição do Pai Antônio Carlos (RJ) para o Fórum Internacional Permanente


Saravá a todos os Irmãos, em Oxalá !

Falar de diversidade é falar da vida, das diversas cores, dos diversos perfumes, dos variados sabores, das diversas texturas, dos mais sagrados sons. Como poderia eu, achar que só o que é percebido com  meus sentidos existe e/ou é melhor do que as percepções e ações dos outros?

Assim são as religiões Afro-Ameríndias-Americanas e porque não dizer, planetárias.

O que em princípio seria um empecilho para nossa Melhoria Espiritual (a tradição oral), é na verdade, o que permite nossa liberdade, nos deixando livres das amarras de  uma visão estabelecida em uma determinada época.  Assim, cada Terreiro, Choupana ou Abassá realiza seu trabalho de acordo com o grau de afinidades físicas e Espirituais de seu Dirigente e de sua Ancestralidade, de seu Corpo Mediúnico e da comunidade a ser assistida. Assim, o Astral procura adaptar o conhecimento  para nos aproximar do amor e da sabedoria.

Poderíamos fazer uma analogia das tradições Orais com uma orquestra sinfônica, onde a peça a ser executa é muito complexa e por conta disso, precisa de dezenas de instrumentos, cada qual  realizando sua própria tarefa, seja tilintando os metais, vibrando as cordas ou com um suave sopro de uma flauta doce.

Que graça teria essa peça sinfônica, se todos os instrumentos percutissem  o mesmo ritmo e som, quando sabemos que a beleza está justamente na combinação dos diversos aspectos sonoros.

É como se cada Instrumento dessa Orquestra  fosse  um de nossos Terreiros, como chamas de luz que se espalha  para atender a diversidade genética, artística, científica, filosófica  e religiosa desse povo Caboclo em constante formação, transformação e evolução.

Agradeço humildemente a meu Pai Espiritual, Pai Rivas , por ter mostrado como  derrubar  meus preconceitos (é claro que ainda possuo muitos deles), para que   pudesse enxergar essa maravilhosa diversidade!
Um Saravá Fraterno,

Yamaratanan (Pai Antonio Carlos)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)
Dirigente da Choupana do Caboclo Sr. 7 Montanhas
OICD Sub -sede Rio de Janeiro -RJ

5 comentários:

  1. Primeiramente peço licença ao Mestre Yamunisiddha Arhapiagha (Pai Rivas) para humildemente tecer meus comentários nesse significativo blog. Peço licença, também, ao Mestre Yamaratanan (Pai Antonio Carlos), Dirigente da Choupana do Caboclo Sr. 7 Montanhas, a quem dirijo meus comentários, peço licença a meu Mestre (Pai Antonio Mendes) e, também, a todos os Pais e Mães de Santo que juntamente com seus filhos participam do blog. Muito honrado e feliz em poder sentir a diversidade em vossos dizeres!

    Prezado Pai Antonio Carlos,

    Fiquei, deveras, encantado com a analogia feita: “Poderíamos fazer uma analogia das tradições Orais com uma orquestra sinfônica, onde a peça a ser executa é muito complexa e por conta disso, precisa de dezenas de instrumentos, cada qual realizando sua própria tarefa, seja tilintando os metais, vibrando as cordas ou com um suave sopro de uma flauta doce”. (YAMARATANAN, 2012). Com base no que disse logo me veio à mente o quão é difícil a posição do maestro! O quão é difícil conduzir essas “dezenas de instrumentos”! Reconhecer os sons, reconhecer as afinações, os tempos, reconhecer as melodias, reconhecer a pessoa que está por traz daquele instrumento, reconhecer, reconhecer...
    Sendo assim, reconhecendo vossas palavras como fonte de inspiração para as minhas, na esfera da diversidade, procuro fazer o exercício do reconhecer, ou seja, admitir as verdades, admitir as realidades, mas não apenas e principalmente as minhas verdades ou mesmo as minhas realidades, mas também, reconhecer as verdades do outro e as realidades do outro, reconhecer as múltiplas experiências, reconhecer as diferentes memórias, conviver e dialogar com múltiplas temporalidades, dessa forma eu (re)conheço, me (re)conheço e lhe (re)conheço. A final de contas, O que é verdade? O que é real?

    Obrigado pelas palavras tão profundas e inspiradoras. Salve o Caboclo Sr. 7 Montanhas!

    Erivelton Thomaz.
    Discípulo de Pai Antonio Mendes.
    Seara de Umbanda do Cruzeiro Divino – S.U.C.D.
    O.I.C.D. Sub -sede Seropédica -RJ

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  2. Peço permissão a nosso Mestre Yamunisiddha Arhapiagha (Pai Rivas) para registrar um singelo comentário nesse Forum. Também peço permissão a meu Pai de Santé Yamaratanan (Pai Antonio Carlos), para registrar minhas impressões sobre seu texto.
    Assim como Yamaratanan aprendeu com Mestre Arhapiagha a derrubar seus preconceitos, também ele assim nos ensina, exortando-nos a nos libertar-mos das amarras de uma visão pré-estabelecida, como se fosse única. Meu Pai de Santé, Yamaratanan, foi muito feliz na comparação das diversas formas de cultuar de ver o Sagrado, com uma orquestra; conseguiu passar essa mensagem de uma forma quase poética, de modo claro e firme, porém doce, da forma como procura nos ensinar, fazendo vibrar os corações dos seus filhos, característica sua, de dirigente de um Templo de Xangô.

    Jorge Baptista – filho de Santé de Yamaratanan (OICD-RJ – CS7M)

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  3. Benção Mestre Yamunisiddha Arhapiagha, benção meu Pai Yamaratanan, minha reverência aos Mestres do meu Mestre.
    Peço agô para fazer um comentários sobre suas palavras neste blog da diversidade.
    Tua analogia foi muito feliz, meu Pai, afinal todos os instrumentos são importantes para que a obra seja perfeitamente executada, não há nem melhor nem pior, a seu momento com a sua voz, cada qual é parte do todo. Esse ensinamento superlativo temos aprendido contigo, através da vivência templária e de teu próprio exemplo, somos gratos por nos ajudar a desconstruir séculos de intolerância e ignorância em nós mesmos.

    Roberto Santos
    Filho de Yamaratanan
    OICD-RJ
    Choupana do Sr. 7 Montanhas - CS7M

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    1. Peço permisão e a benção a Mestre Yamunisiddha Arhapiagha, peço permisão e a beção a Meu Pai Yamaratanan ( Pai Antonio Carlos) para fazer um singelo comentário:
      Meu Pai, o senhor foi muito feliz ao fazer a comparação dos instrumentos de uma orquestra com a diversidade. Podemos comparar cada instrumento com cada escola dentro das religiões afro-brasileiras/americanas, cada uma vibrando num tom diverso porém em essência compondo o mesmo Todo.
      Agradeço a Meu Pai Yamaratanan pela vivência e aprendizado que nos traz, seus filhos, e a Mestre Yamunisiddha Arhapiagha pela condução desse trabalho, como a um maestro com sua orquestra.

      Denise Baptista
      filha de Yamaratanan ( Pai Antonio Carlos)
      OICD - RJ, Choupana do Sr. 7 Montanhas (CS7M)

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    2. Aranauam
      Peço benção ao Mestre Arhapiagha e ao meu Pai Yamaratanan.Sábias foram as suas palavras e a comparação feita. Não há errado e nem certo, pois cada um dentro da sua diferença forma um conjunto bonito e harmônico.
      Patricia Martin
      Filha de Yamaratanan(Discípulo do Mestre Arhapiagha)
      OICD-RJ
      CS7M -Choupana do Sr. 7 Montanhas.

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