segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

047 - Contribuição da Mãe Adriana de Xangô (PR) para o Fórum Internacional Permanente




Sou Adriana de Xangô, Mãe de Santo de Umbanda, também raspada na Nação Keto, por Ia Jaci de Iemanjá e Ia Zenete de Ode, do Axé de Babá Ângelo de Oxaguian.

Falar em diversidade é falar em respeito, respeito pela crença, pela prática, pela escola de cada um. Diferimos, como seres humanos. Pensamos diferente. Cultuamos diferente. Acreditamos diferente. Praticamos diferente.

O Brasil foi declarado um Estado Laico com a promulgação da Carta Magna de 1988, onde não se determina nenhuma religião como oficial, garantindo-se assim, a liberdade de culto e o poder de escolha.

Não acredito em nenhuma política para a sociedade brasileira que não seja fundamentada na valorização da diferença, as religiões de matriz africana devem ser valorizadas como nosso mais rico patrimônio imaterial. Divergem em suas práticas mas sua concepção espiritual e filosófica difere pouco, possuindo todas elas seus pontos de convergência no que cerne à busca pelo divino e pelo sagrado.

Assim, é imperativo que se busque a união dos povos de santo, praticantes da Umbanda, do Candomblé , dos Batuques, dos Xangô, Tambor de Minas, Catimbó, Jurema e tantas outras vertentes, cada um respeitando a herança espiritual que lhe foi transmitida, pois, apenas unidos seremos reconhecidos como um povo de bem, que luta pelo seu espaço, pelo seu reconhecimento e pela valorização de nossos antepassados, que nos deixaram o legado de culto e prática das religiões acima citadas.

Motumbá a quem é de Motumbá!
Colofé a quem é de Colofé!
Abença a quem é de Abença!

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