Sou Adriana de Xangô, Mãe de Santo de Umbanda, também
raspada na Nação Keto, por Ia Jaci de Iemanjá e Ia Zenete de Ode, do Axé de
Babá Ângelo de Oxaguian.
Falar em diversidade é falar em respeito, respeito pela
crença, pela prática, pela escola de cada um. Diferimos, como seres humanos.
Pensamos diferente. Cultuamos diferente. Acreditamos diferente. Praticamos
diferente.
O Brasil foi declarado um Estado Laico com a promulgação da
Carta Magna de 1988, onde não se determina nenhuma religião como oficial,
garantindo-se assim, a liberdade de culto e o poder de escolha.
Não acredito em nenhuma política
para a sociedade brasileira que não seja fundamentada na valorização da
diferença, as religiões de matriz africana devem ser valorizadas como nosso
mais rico patrimônio imaterial. Divergem em suas práticas mas sua concepção
espiritual e filosófica difere pouco, possuindo todas elas seus pontos de
convergência no que cerne à busca pelo divino e pelo sagrado.
Assim, é imperativo que se busque
a união dos povos de santo, praticantes da Umbanda, do Candomblé , dos
Batuques, dos Xangô, Tambor de Minas, Catimbó, Jurema e tantas outras
vertentes, cada um respeitando a herança espiritual que lhe foi transmitida,
pois, apenas unidos seremos reconhecidos como um povo de bem, que luta pelo seu
espaço, pelo seu reconhecimento e pela valorização de nossos antepassados, que
nos deixaram o legado de culto e prática das religiões acima citadas.
Motumbá a quem é de Motumbá!
Colofé a quem é de Colofé!
Abença a quem é de Abença!
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