segunda-feira, 14 de maio de 2012

257 - Contribuição do Pai Mário (SP) para o Fórum Internacional Permanente

256 - Contribuição da Mãe Rita (SP) para o Fórum Internacional Permanente

255 - Contribuição da Mãe Eunice (SP) para o Fórum Internacional Permanente

Fórum Internacional Permanente sobre Diversidade nas Religiões Afro-brasileiras/Afro-americanas - Relação de Sacerdotisas e Sacerdotes participantes do projeto


sábado, 5 de maio de 2012

239 - Contribuição da Mãe Flávia Pinto (RJ) para o Fórum Internacional Permanente

238 - Contribuição do Pai Jomar (PORTUGAL) para o Fórum Internacional Permanente

Sou Bàbálórísá Jomar d'Ògún, Pai de Santo de Candomblé Nação Ketu, filho de Yá Paula de Omulu, bisneto de Santo da saudosa Yá Olga de Alaketu do Ilé Asé Mariolají e atualmente ligado ao Ilé Asé Opô Afonjá após a minha adopção como filho de Santo pelo Bàbálórísá Aristides de Oliveira Mascarenhas (Pai Ari d'Ajagunã) do Ilé Asé Opô Ajagunã ; sou ainda Coordenador Internacional da FENACAB (Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro), Balogún (titulo único e intransmissível em vida) do Candomblé Ketu, já distinguido internacionalmente com dois Adjás de Ouro (Troféu Axé Bahia) e Ordem de Mérito Religioso.
Sou Fundador e Agabá (dirigente) do terreiro de Candomblé Ilé Asè Omin Ògún, um dos terreiros de Candomblé Ketu mais conceituados, importantes e representativos da Europa, que conta com cerca de 60 filhos de Santo, localizado na Sobreda - Almada, Portugal.
Relativamente ao tema do blog, a diversidade nas religiões Afro-Brasileiras, deixo a minha opinião sucinta e resumida, uma vez que este é um tema aberto a grandes discussões, impossível de resumir em apenas algumas linhas.
Penso que a diversidade é algo de muito positivo, desde que obedeça, respeite e siga o fundamento próprio de cada Culto e Nação. De facto, as formas e formulas do Candomblé Ketu, Angola e Jeje, da Umbanda e Santeria, por exemplo, são diferentes entre si. E são precisamente essas diferenças, naquilo que é sagrado, que proporcionam diferentes caminhos e rotas para se chegar a Olorum (Deus), escolhendo cada um a estrada onde se melhor se sente, à qual mais facilmente de adapta e onde se sente feliz na sua vida espiritual. Isso é que importa verdadeiramente, uma vez que feitas de forma correcta, todas as religiões Afro-Brasileiras são igualmente válidas.
O que não pode acontecer, sendo neste ponto que acaba a salutar diversidade e começa a degradação daquilo em que acreditamos, é misturar aquilo que não é misturável, ou seja, modificar e alterar por conveniência própria o que esta instituído desde há vários milénios (no caso de Candomblé) e desde há vários séculos (no caso da Umbanda).
Sendo verdade que cada Pai e Mãe de Santo na sua Casa é Rei ou Rainha, tendo todo o direito de fazer as suas próprias regras e preceitos, também não deixa de uma ser verdade absoluta que aquilo que é o awô, o trabalho na religião e o FUNDAMENTO, é imutável e está perfeitamente definido para aqueles que o sabem.
Por isso, sejamos os melhores naquilo que escolhermos fazer; cultuemos de forma consciente, pura e salutar os nossos Orísás, Caboclos, Pretos Velhos ou Encantados. Mas faça-mo-lo respeitando os seus ensinamentos, sem Lhes pretender sobrepor as nossas conveniências..
Apenas assim existirá diversidade; apenas assim existirá respeito; apenas assim existirão os caminhos das Religiões Afro-Brasileiras.

237 - Contribuição do Pai Falokun Fatunmbi (ESTADOS UNIDOS) para o Fórum Internacional Permanente


In 1980 I started attending Lucumi rituals in northern California. At the time I was denied permission to formally join an Lucumi ile because of my ethnic background. In 1989 I made the decision to journey to Nigeria in an effort to find a Ifa Orisa teacher who would consider initiating me as a student. At the time the Lucumi elders in northern California believed Ifa Orisa did not exist in Africa. I arrived in Ode Remo Nigeria in April 1989 and was initiated into Ifa by Egbe Ifa Ogunti Ode Remo. I made a total of six trips to Africa and discovered what I believe to be significant aspects of our faith which were lost in the Diaspora. In an effort to reclaim those lost elements I wrote a series of books to share the wisdom of my elders with Ifa Orisa worshippers who were interested in the origins of our faith. In particular I noticed that traditional Ifa Orisa as I saw it practiced in Nigeria made extensive use of oriki as a tool of invocation and ritual practice. I also noticed that Ifa initiated entered various altered states of consciousness commonly called possession to support their work and I believed the emphasis of traditional Ifa was to create healthy extended family as the basis for supporting the development of good character.
In my travels to Nigeria it was always apparent to me that the traditional Yoruba Ifa elders who I met considered Ifa a world religion open to anyone who was willing to follow the guidance of the Immortals, the ancestors, our sacred scripture and the teachings of the prophet Orunmila. The senior elders of Ifa in traditional Yoruba culture are the advisors to the Oni of Ile Ife called Awoni. In my conversations with members of the Awoni they made it clear to me that Ifa has taboo against racism, sexism and homophobia. They also made it clear that the point of Ifa ritual is to give us what we need and not necessarily what we want. This idea is based on the belief that Ifa spiritual discipline is based on the idea of developing good character and the belief that the develop of good character brings a blessing of family, good health and abundance. 
When I returned to California after initiation I started a multi-cultural ile rooted in traditional Ifa as I learned it from elders in Ode Remo and Ile Ife Nigeria. Since that time I have witnessed a huge surge in interest in the origins of our faith and I have seen the start of the construction of a bridge between Ifa in Nigeria and Ifa as it is practiced throughout the Diaspora. This bridge has been built in spite of some serious and understandable resistance. It is my hope and prayer that we can continue to reclaim lost and misunderstood elements of our faith in an atmosphere of dialogue, mutual appreciation and unconditional love.
Ire
Awo Falokun Fatunmbi